
Com bilheteria de mais de 200 milhões de dólares no final de semana de estreia, boa recepção do público e da crítica, “Mulher Maravilha”, claro, ganha espaço para continuação. E, embora a participação de Gal Gadot no papel da heroína já esteja encaminhada (ela será a Mulher Maravilha novamente em “Liga da Justiça”), a cineasta Patty Jenkins ainda não assinou contrato para dirigir o próximo filme.
Grande aposta da Warner, Patty Jenkins ainda era novata quando foi contratada pelo estúdio e tinha uma grande responsabilidade nas mãos: além de assinar um filme de altíssimo orçamento, traria às telas a heroína mais famosa da cultura pop em um momento importante, no qual a representatividade das mulheres é um tema cada vez mais discutido. E ela conseguiu – e esse é só um dos motivos pelos quais trocar a direção de “Mulher Maravilha” seria ruim.
Acerto
A Mulher Maravilha apareceu nos quadrinhos pela primeira vez em 1941 e foi a primeira personagem feminina importante no segmento. Criada por e para o público masculino, a representação da heroína, embora tenha representado um grande avanço na época, ainda era marcada por estereótipos sexuais e de gênero.
Por isso, Patty Jenkins tinha nas mãos o grande desafio de adaptar a imagem da heroína, sem descaracterizar uma personagem consagrada da cultura pop e sem desconectá-la de seu contexto. E a diretora se saiu bem: apresentou uma personagem forte, independente e muito humana, com falhas, angústias e inseguranças que a aproximam - na medida do possível, claro - de mulheres reais.
Além disso, Jenkins já está bem conectada à história de origem da heroína e seria interessante saber o que ela tem a oferecer também na hora de expandir o universo de Diana Prince, bem como aprofundar sua personalidade e mostrar mais de seu desenvolvimento.
Visão feminina
É claro que bons diretores, independente do gênero, podem fazer bons trabalhos com qualquer tema. No entanto, ter uma visão feminina sobre a heroína é importante para a construção de uma história inspiradora e que traga uma personagem com diversas camadas de personalidade – algumas das quais podem ser muito melhor exploradas por uma mulher, que vive de verdade no universo feminino.
Todos os filmes de alto orçamento do segmento, seja da Marvel, Warner, Sony, Fox e outros grandes estúdios já são comandados por homens quando o tema é super-herói. Assim, Patty Jenkins traz uma alternativa ao padrão e – por que não? – abre caminho para que outras mulheres também possam entrar nessa área.
Sim, filme de herói com mulheres pode ser muito bom
Patty Jenkins provou que um filme de ação pode ser, sim, protagonizado por mulheres sem perder em nada para os combates, violência, pancadaria e todos os outros fatores que consagram os filmes do segmento. “Mulher Maravilha” mistura elementos dos famosos “filmes de brucutus” dos anos 80, com ação medieval.
Do treinamento pesado das amazonas na ilha de Themyscira, às lutas na guerra e ao confronto final com o vilão, o filme da heroína mostrou que não é preciso ter homens superfortes se batendo para construir um bom filme de ação.

Ligação com Gal Gadot
A ligação entre a protagonista e a diretora deu muito certo. Patty Jenkins e Gal Gadot construíram, juntas, uma heroína muito característica e muito próxima à figura criada nas histórias em quadrinhos.
Recentemente, a diretora declarou à revista Playboy americana que não teria escolhido Gadot para o papel – e que isso teria sido um erro. “Acho que o estúdio fez um trabalho melhor do que o que eu faria, eu não sei se teria vasculhado o mundo inteiro para encontrá-la, como eles. O fato de terem achado Gal foi um presente para mim. Ela tem todas as qualidades da Mulher-Maravilha”, comentou a cineasta.
Universo Estendido DC
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